VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO
· DESESTRUTURAÇÃO FAMILIAR;
· EVOLUÇÃO E EXPLOSÃO CAPITALISTA DO MERCADO;
· CLASSES ONDE A VIOLÊNCIA PREDOMINA - ONDE ACENTUA A DIFERENÇA;
· VISÃO E AÇÃO DA POLITICA DE SEGURANÇA FRENTE À COMUNIDADE CARENTE;
· CIRCULO, AMEAÇA PÚBLICA, INVERSÃO - O PRECONCEITO E RÓTULOS ASSOCIADOS
À COMUNIDADE CARENTE ;
· AMEAÇA PÚBLICA;
· PERFIL DA POLICIA BRASILEIRA;
· USO DO AUTO DE RESISTÊNCIA
· REAL ORIGEM DA CORPORAÇÃO POLICIAL, HERANÇA CULTURAL DITATORIAL;
· IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO PARA REVERTER A VIOLÊNCIA;
· VÍTIMA, FAMÍLIA E CONVÍVIO SOCIAL;
· PAPEL DA PSICOLOGIA ANTE A VIOLÊNCIA – PARTE I;
· MÍDIA;
· RIO DE JANEIRO – MASCARAS - CÂNCER SOCIAL;
· QUESTIONAMENTO? ;
· PAPEL DA PSICOLOGIA SISTEMA PENITENCIARIO II;
* O que pode ser feito – o que é feito - qual resultado
positivo/negativo
· SOCIOEDUCATIVAS-PRIVAÇÃO LIBERDADE;
· PAPEL DO PSICOLOGO – DEDICAÇÃO - RESULTADOS
A sociedade está perdida,
ante a tantos conceitos e valores não mais aplicados.
· É dentro do seio
familiar que o individuo
adquire os primeiros valores
e conceitos, é neste convívio que o individuo toma ciência de onde
começa e termina seus direitos e deveres, e como vai olhar o ‘’outro’’ e ser
olhado.
· A evolução
capitalista do mercado foi e é desigual à evolução e
amadurecimento social, sufocando e atropelando as classes mais baixas, por não
se enquadrarem.
Questões importantes foram se perdendo ante esse
crescimento acelerado e contínuo.
Essa explosão capitalista gera insegurança, gera o conflito
social, acentua as diferenças entre as classes.
· É justo nas classes mais baixas que se acentua a violência.
Onde a politica de segurança age sempre em conflitos diretos e consequentemente
o número de vitimas é maior.
· O medo é
incentivado, a in’segurança’ e o direito
de defesa são justificados. Esse circulo é alimentado constantemente,
agravando a situação das classes desfavorecidas.
Os moradores de
comunidades carentes foram associados à criminalidade (rotulados)
o que os tornou alvo da investida policial, e da sociedade, pois ficaram
intitulados como inimigos públicos.
· Um fato curioso é que a ameaça
publica (título atribuído
justo as classes que já sofrem com o descaso, o abandono e o preconceito) é
composta pela maior parte da população do Rio de Janeiro, e ainda assim a mais
desprovida de proteção da politica de segurança.
· A policia brasileira possui um histórico desfavorável para as classes baixas. E
hoje ainda atua de forma ditadora porem camuflada (aqui se referindo a ela ter
muitas vezes o respaldo da lei para cometer atrocidades contra a população
excluída).
Ex: auto de resistência
que usam muitas vezes para justificar ações de execução.
No Brasil, fato bem
marcante e predominante no Rio de Janeiro, a politica de segurança combate,
enfrenta, quando deveria eliminar. (através de que? Justo da politica de
segurança! Com investigação, (que gera a desestruturação das organizações) Com
projetos sociais.
Em grande parte das ações
policiais ocorre a inversão,
onde as vitimas se tornam criminosos e os criminosos vítimas.
O curioso, porém, é o fato
de que a maioria da corporação policial tem origem humilde, passou pela realidade
das classes carentes, mas absorveu a cultura da descriminação, do preconceito e
da violência, tão predominantes na formação cultural dessa policia ditatorial.
A policia que teria por
principio a preservação,
o respeito ‘a vida’ e a defesa
dos direitos humanos, é na verdade a expressão do medo e insegurança.
PAPEL DA PSICOLOGIA ANTE A
VIOLÊNCIA
Os psicólogos são fundamentais na reversão da atual violência que não
apenas recai sobre a vitima, mas reflete em todo seu convívio familiar e social.
Dentro do papel da
psicologia esta o comprometimento social. O psicólogo pode e deve fazer a
diferença.
Através da intervenção o
individuo que ocupa o papel de vitima passa a ter a posição de autor social, um
ser que tem parte da responsabilidade por seu próprio espaço.
A vitima social sai da
área de conforto e enxerga-se no contexto onde, sim, cabe a ela também refletir
e agir para que, por ações, aconteça uma mudança no meio.
Na historia da psicologia
a ciência se permitiu ser usada pelo poder autoritário da época, e deu ela
contribuição às técnicas de tortura de todos os gêneros. Hoje ela é capacitada
para reverter o processo, coibindo o ser a se auto flagelar, de ser submisso e
oprimido.
Como sempre a mídia se encontra envolvida ‘se não uma das
maiores’ difusoras e percussoras dessa imagem
preconceituosa que recai sobre grupos e comunidades carentes.
Em nossa sociedade é
gritante a falta de preparo, de amadurecimento e informação imparcial e
verdadeira da compreensão e interpretação quanto aos fatos da sociedade, na
realidade de seu papel como de sua atitude.
O FILME
O filme Tropa de Elite com
o seu ‘’não tão surpreso sucesso’’ de publico e aceitação veio afirmar o
inerente fato da realidade do dia a dia da politica de segurança, como também
afirmar o grau de comprometimento da sociedade com essa realidade.
O filme não só trouxe a oportunidade de cada individuo contextualizar a ação da
politica de segurança como também de se questionar quanto o que ou até onde ele
próprio é responsável por esta realidade, e do seu papel como coautor
participante das atrocidades cometidas e respaldadas na torpe justificativa de
uma policia repressiva e despreparada, completamente carregada pelo vicio do
preconceito da descriminação, da violência instalada no Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro sempre viveu sob mascaras de segurança, e ou controle da violência.
A violência esconde a
verdadeira carência social, o câncer da sociedade, que vem a ser a total
ausência de politica social. Uma politica social onde não mais prevaleça o
medo, e sim a segurança de uma justa distribuição de formação e oportunidade
para as classes que hoje na atual realidade social são a ‘’ameaça publica’’.
Fica um questionamento.
É possível hoje, no nosso
sistema atual penitenciário a recuperação, socialização e reintegração do
preso, seja ele menor infrator ou o infrator de maior idade?
Não.
Não no perfil social que
hoje admitimos como aplicável.
Essas possibilidades só
iriam gerar resultados positivos para a sociedade com a participação ‘real’ da
psicologia no processo.
PAPEL DO PSICOLOGO II
O papel do psicólogo deveria
se iniciar durantes as audiências, fornecendo suporte nas decisões judiciais,
através de estudos psicológicos, nas execuções das medidas protetivas, na
triagem quanto à adicção.
O que hoje não é viável,
devido ao numero reduzido de psicólogos no sistema.
Não há uma conscientização
de que a reincidência é inevitável, visto que as medidas socio-educativas não são aplicadas, crendo apenas a
privação da liberdade.
Grande equívoco, pois a
privação da liberdade para menores infratores como para maiores infratores é
somente um paliativo provisório(paliativo já não é provisório??) para todas as
infrações futuras contra a sociedade.
A falta de acompanhamento
psicológico, a capitação para o preparo no mercado de trabalho como cursos
profissionalizantes, alfabetização, e demais atividades socio-educativas
resultara sempre no circulo vicioso da criminalidade e detenção, até culminar
em morte.
Todavia a aplicação das
citadas medidas viabiliza a formação de cidadãos aptos a serem reintegrados ao
convívio social como na sua contribuição e participação dessa sociedade.
Uma psicologia
comprometida a atuar nesta área, tem de estar atualizada, e ser inovadora,
obtendo o melhor da ciência para criar um estilo próprio de trabalho que venha
a atender a realidade social dos cidadãos infratores, bem com seus familiares.
EXAME CRIMINOLOGICO>
preparando......