quarta-feira, 9 de maio de 2012

08/11/2011


ABSENTEÍSMO


Esse termo “absenteísmo” era aplicado aos proprietários rurais que abandonavam o campo para viver na cidade.
Em síntese, absenteísmo é ausência específica no trabalho. Mas nada impede que estendamos esse conceito para outras áreas da vida.
CONCEITOS SOBRE O ABSENTEÍSMO
O absenteísmo, genericamente se refere à ausência do trabalhador no local de trabalho.
Dentre os denominados fatores humanos no processo de trabalho, que incluem as chamadas doenças ocupacionais e a rotatividade, o absenteísmo se situa entre os efeitos mais danosos ao processo de trabalho, ao suporte social do trabalhador. O absenteísmo se caracteriza, nesse sentido, como tendo um duplo efeito: do ponto de vista do trabalhador, a possibilidade de desconto no salário, de demissão ou de outros problemas correlatos, do ponto de vista da organização do trabalho, a dificuldade de realização do trabalho previsto e os prejuízos por ventura decorrentes.

O absenteísmo é a inversão da satisfação no trabalho, e a ausência pode ser considerada uma forma de se afastar de pequenas situações indesejáveis. A observação de fatores como condições de trabalho, natureza da supervisão, estilos de liderança, participação na tomada de decisões e relacionamentos profissionais pode ajudar a entender o impacto do absenteísmo nas organizações. 
O absenteísmo tem exigido muito das organizações e de seus gestores, tendo em vista que os fatores que ocasionam o absenteísmo estão relacionados a questões sociais, de saúde e gestão de pessoas, entre outros problemas, o que torna, este tema complexo e difícil de ser gerenciado.
Seu efeito é negativo, onde há ausência de trabalhadores, consequentemente haverá diminuição da produção, o que reflete nos indicadores de qualidade de forma negativa e como consequência repercute diretamente na economia.
O nível de absenteísmo deve ser reduzido até quase à escala zero, bem como a eliminação das causas.

O CONJUNTO DE VARIAS TEORIAS QUE CABE A ESSA QUESTÃO.
A teoria das necessidades de Maslow (Maitland, 22002);
A teoria dos dois fatores de Herzberg (1959, apud Casado, 2002) - fatores higiênicos ou extrínsecos e os fatores motivacionais ou intrínsecos;
A teoria da Administração Científica, com Taylor, que tinha como objetivo o aumento da eficiência, através da eliminação de todo desperdício do esforço humano;
A teoria Clássica da Administração, Henri Fayol, em 1916, - "ênfase na tarefa realizada pelo trabalhador", isto é, tendo como princípios: divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; unidade de comando e direção; centralização e hierarquia ou cadeia escalar (Stoner, 1999);


Deve haver uma conexão entre Modelos de Produção e Gestão de Pessoas. Esta sinergia pode minimizar os índices de absenteísmo.
Nenhuma empresa sobrevive sem esta sinergia. As pessoas não precisam ser administradas e sim devem ser consideradas parceiras das organizações, cujos objetivos, tanto pessoais quanto organizacionais, caminham na mesma direção.
Cada pessoa, percebida como um microambiente tem seus objetivos específicos e buscam na organização a satisfação deles, portanto o que é significativo para um pode não ser para outro e, administrar com as pessoas, é levar em consideração esta especificidade, essas subjetividades.

AS CAUSAS DO ABSENTEÍSMO

O absenteísmo pode ser atribuído a causas conhecidas e a causas ignoradas. Dentre as conhecidas, estão todas as amparadas por lei e são justificadas ao empregador, solicitando-lhe a permissão de ausência. É o caso de férias, casamentos, nascimentos, óbitos e mudanças de domicílio.
Existem também as ignoradas, e que são justificadas geralmente por problemas de saúde do trabalhador, e/ou de seus dependentes, ou de fatores aleatórios dos mais diversos.
As principais causas do absenteísmo são consideradas: doenças efetivamente comprovadas e não comprovadas, razões diversas de caráter familiar, atrasos involuntários ou por motivos de força maior, faltas voluntárias por motivos pessoais, dificuldades e problemas financeiros, problemas de transporte, baixa motivação para trabalhar, supervisão precária da chefia, políticas inadequadas da organização.

COMO LIDAR COM O PROBLEMA?

A) Medidas processuais, administrativas ou disciplinares, dificultando ou facilitando o comportamento de ausência (por ex: precarização do emprego, perda de vencimento e/ou de prêmios de assiduidade, complemento de subsídio de doença pago ou não pela empresa, exames de alta feitos pelo médico do trabalho);
B) Medidas preventivas orientadas para o indivíduo e o reforço da sua capacidade de trabalho (por ex: exames médicos periódicos, vacinação, formação, equipamento de proteção individual contra os riscos profissionais, educação para a saúde);
C) Medidas preventivas orientadas para o ambiente de trabalho físico e psicossocial, de modo a neutralizar, reduzir ou minimizar a discrepância entre as exigências impostas pelo trabalho e a capacidade de resposta do indivíduo (por ex: criação sustentada de um ambiente de trabalho saudável, seguro e produtivo, participação na organização do trabalho e na gestão, participação no sistema de gestão de pessoas);
D) E, finalmente, medidas integrativas, ou seja, orientadas para a reintegração e reabilitação no local de trabalho, facilitando e apressando o retorno ao trabalho (por ex: suporte social do grupo de trabalho, política de incentivos, serviços ou programas de reabilitação no local de trabalho).


PRESENTEÍSMO

Presente, mas desmotivado.

Tal como ocorre no corpo humano, em uma empresa é necessário que todos os órgãos e membros funcionem adequadamente para que se alcancem os melhores resultados – a saúde do corpo ou, nesse caso, da organização. Quando há uma disfunção, todo o organismo sofre e tem de despender mais energia para suprir aquela deficiência.
É semelhante ao que ocorre nas empresas quando ocorre o presenteísmo. Ao contrário do absenteísmo – quando o empregado simplesmente não vai trabalhar.
Por isso, é muito mais complexo identificar o empregado “presenteísta” do que reconhecer o absenteísta.

AS CAUSAS DO PRESENTEÍSMO

As empresas e os colaboradores precisam enxergar o presenteísmo como um problema organizacional. “Se uma pessoa adoece, significa que toda a organização está um pouco doente”.

No presenteísmo a pessoa comparece ao trabalho, mas não consegue produzir de acordo com o que se espera dela. Os gestores enfrentam uma dupla dificuldade: a primeira é identificar o problema – que não é tão visível como no caso de absenteísmo; a segunda é mensurar o prejuízo em termos de produtividade.
O presenteísmo está sendo considerado, um inimigo oculto da produtividade.
O presenteísmo pode ser entendido como uma doença organizacional. Como ocorre em outras disfunções relacionadas ao trabalho em equipe. Ele “não pode ser analisado isoladamente”. Na prática, o presenteísmo é decorrente de uma série de fatores que interferem na produtividade do empregado: a falta de motivação para o trabalho e problemas de saúde – físicos ou psicológicos.

O ‘WORKAHOLIC’ também é uma forma de presenteísmo – em que a pessoa cuja vida pode, em casos mais graves, reduzir-se ao trabalho.
Por que o ‘workaholic’ pode ser um tipo de “presenteísmo”? A razão é simples: nem sempre sua produtividade e eficiência correspondem ao elevado número de horas trabalhadas.



COMO LIDAR COM O PROBLEMA?

Medidas que a empresa pode adotar para evitar que o presenteísmo se instale na organização:

• Fazer uma triagem no momento da contratação do funcionário para detectar problemas crônicos, mesmo se pequenos.
• Investir na saúde dos colaboradores, inclusive com terapia para combater a depressão e tratamento de dores e doenças crônicas.
• Educar os colaboradores para que procurem um médico e fiquem em casa quando estão com problemas de saúde.
• Implantar programas de apoio psicológico, emocional e de serviços, inclusive extensivo aos familiares, para reduzir as preocupações do trabalhador com assuntos extra trabalho.

Os gestores de empresas devem saber como combater o presenteísmo, evitando que ele se reflita nos indicadores de produtividade. Para tal, deve entender as razões e as causas do problema.
O líder deve funcionar como o termômetro do ambiente corporativo, motivar mudanças presentes e futuras, e tornar o cotidiano mais harmonioso.
“O líder deve ser como um pára-choque”. É o ambiente que cria equipes de alta performance, não o trabalho, e as pessoas seguem os líderes. Não se pode esquecer que o líder deve dar o exemplo. Se ele for “presenteísta”, toda a equipe terá essa propensão, gerando resultados desastrosos para a companhia. Além disso, reforçam os especialistas, o clima organizacional ruim pode desencadear complicações mais graves, como depressão e, até mesmo, o abuso de drogas.

No Brasil, o medo de perder o emprego ainda é fator determinante. “Quando as pessoas estão inseguras, procuram marcar presença, trabalham além do expediente ou não tiram férias”. Fazem isso por medo de serem demitidas.
O medo ou a insegurança estão intimamente ligados.












REFERENCIA BIBLIOGRAFICA




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